Índice
1. Resumo
Viagem de uma semana ao Reino Unido, a propósito da cerimónia de licenciatura do Pedro.
Começámos (Helena, Francisco e Tomás, 8 anos) por passar uns dias com a Sara em Sheffield, seguidos de outros em Londres antes do dia da cerimónia, na catedral de St Albans (em Hertfordshire, umas dezenas de quilómetros a norte de Londres).
Ficámos alojados na casa da Sara, em Sheffield, e no hotel Premier Inn, tanto em Londres (perto de Putney Bridge) como em Hatfield (perto de St Albans).
2. Custos
Viajar em Inglaterra é caro relativamente ao custo de vida em Portugal (sobretudo em Londres), em particular nas componentes de alimentação e de transportes.
Sistematizando os nossos custos, apresenta-se 4 valores com a ordem seguinte: alojamento por dia, atividades por dia por pessoa, restaurante por refeição por pessoa e snacks por refeição por pessoa (almoço e pequeno almoço):
Sheffield: -€ (alojamento), -€ (atividades), 14€ (restaurantes), -€ (snacks);
Londres: 60€ (alojamento), 12€ (atividades), 16€ (restaurantes), 8€ (snacks);
Hatfield/St Albans: 85€ (alojamento), -€ (atividades), 13€ (restaurantes), 8€ (snacks);
Curiosamente, arranjámos alojamento mais barato em Londres do que em Hatfield/St Albans. O facto de ser a semana da graduation e da chegada de caloiros, muitos acompanhados pelos pais, terá aumentado o valor por noite em Hatfield/St Albans (mesmo assim, mais barato em Hatfield) mas a solução em Londres pareceu-nos especialmente em conta: ficámos na Premier Inn de Putney Bridge (zona 2 do Metro) por £50 por noite por um quarto com uma cama de casal e outra de solteiro. Em Hatfield o custo foi de £75 por noite e em St Albans teria sido £120.
No que respeita a atividades, Sheffield tem pouca oferta e a preços reduzidos, enquanto Londres tem muitas opções com preços muito díspares: desde museus excelentes com acesso gratuito até mil e uma coisas nas dezenas de ££ por pessoa. Nesta viagem, só pagámos bilhete no Madame Tussauds (muito caro) e no Museu dos canais (valor razoável, £15 para os 3).
Em Londres, conseguimos jantar em restaurante com valores não muito superiores aos de Sheffield e St Albans/Hatfield, graças à oferta do hotel em que ficámos, com um preço especial para o conjunto jantar mais pequeno almoço para os adultos e a opção de menu para criança. Doutra forma, teríamos pago bastante mais. Para o almoço, optámos por comer snacks, com bastantes opções a um preço mais reduzido e menos variável.
Os custos de deslocação são divididos em duas categorias: ida e volta de e para Lisboa, e deslocações no local:
ida e volta por pessoa: 170€ (inclui os voos, a bagagem, e a deslocação de e para os aeroportos);
deslocações entre locais por pessoa por dia: 8€ (camioneta, metro e comboio).
Como só tínhamos 3 dias em Londres, com 2 ou 3 deslocações por dia, optámos por pagar viagem a viagem, usando cartões bancários contactless. Além de não ser preciso comprar bilhete, o sistema controla as viagens associadas a cada cartão e determina um limite diário de £7,70 diários para as zonas 1 e 2 (as que íamos usar). Isto só se aplica aos adultos, uma vez que, nos transportes de Londres, as crianças não pagam.
Para a viagem de Sheffield para Londres, optámos pela camioneta (coach) que, além de ser bastante mais barata que o comboio, tem preços ainda mais baixos nas horas menos procuradas. Viajámos os 3 por 37,26€ que é o custo aproximado do bilhete de comboio só para uma pessoa.
3. Diário
dia 1 (7/9), Lisboa - Sheffield
Foi um dia comprido, com mais de 12 horas de Lisboa até Sheffield.
Fizemos escala em Dublin, onde as coisas começaram a correr menos bem: o voo, destinado a Leeds-Bradford, saiu com quase hora e meia de atraso e acabou por ser desviado para Manchester por causa da tempestade na zona de Leeds.
Em Manchester, ficámos mais de meia hora no avião antes de podermos sair, presumivelmente por não estarem preparados para a nossa chegada. Tirando o atraso, o facto de termos ido para Manchester acabou por ser positivo pois fica mais perto de Sheffield e o itinerário já era conhecido.
Acabámos por apanhar o comboio pouco antes das 21h e chegámos a Sheffield pelas 22:15. Fomos ter com a Sara ao seu local de trabalho, esperámos pelo fecho do estabelecimento e fomos para casa para um descanso mais do que merecido.
dia 2 (8/9), Sheffield
Acordámos sem pressas e saímos os quatro pelas 12h para um passeio no centro da cidade.
Sheffield é uma cidade com pouca oferta turística, baseada no seu passado recente marcado pela indústria do aço. É uma das maiores cidades de Inglaterra, com bastante dinamismo empresarial e duas universidades, o que lhe dá bastante vida, embora tal não se verificasse na altura desta viagem que aconteceu antes do início do ano letivo.
Além da capital do aço, Sheffield anuncia-se também como a capital da ale, tipo de cerveja inglesa muito consumida no norte de Inglaterra. A ale é uma cerveja de fermentação a temperatura mais elevada do que a lager (tipo de cerveja mais comum em Portugal), o que lhe dá textura e sabor mais complexos. A real ale (também conhecida como cask ale) não tem gás e é consumida à temperatura ambiente; um leigo (como nós) descrevê-la-ia como um “vinho com metade da graduação” (sem uvas como ingrediente, claro). Ficámos fãs recentemente, em viagem anterior a Sheffield.
Chegados ao centro da cidade, parámos num café no interior do jardim de inverno, uma espécie de estufa com plantas de várias zonas do mundo. Trata-se dum espaço muito agradável com uma mesa de matraquilhos, que o Tomás não queria largar, e acesso à galeria Millenium.
A galeria Millenium é um espaço de exposições com acesso gratuito, que tem exposições permanentes (com amostras de diversos de artigos de aço produzidos localmente) e temporárias, umas temáticas e outras com obras de artistas locais. Neste dia havia uma sobre a vivência do fenómeno do futebol, com fotografias, pinturas, artigos, e testemunhos de adeptos, que achámos interessante.
Caminhámos mais um pouco, passando pelo edifício sede do município (Town Hall), a caminho do restaurante/pub WetherSpoon, onde almoçámos.
Comemos na esplanada por acharmos que não deixariam entrar o Tomás no interior do estabelecimento. Chuviscou um pouco mas estávamos protegidos por um chapéu de sol e por impermeáveis. A comida estava boa (nota 4 em 5) e o preço bastante em conta face às alternativas (41,28€ para os 4, incluindo as bebidas).
Depois do almoço passámos pela catedral antes de seguir para casa. A catedral de Sheffield é uma combinação de arquitetura medieval (zona nascente) com arquitetura moderna (zona poente). O teto de madeira dá uma sensação confortável e despretensiosa ao seu interior que é surpreendentemente vasto com várias capelas e criptas que têm alguns artigos interessantes como uma grade feita com baionetas e espadas do regimento de York e Lancaster ou um presépio construído com aço.
Passámos o resto do dia em casa, onde vimos a notícia da morte da rainha Isabel II.
dia 3 (9/9), Sheffield
Mais um dia sem atividades programadas. Depois do pequeno almoço, decidimos ir ao museu de Kelham Island, localizado perto da casa da Sara.
Kelham Island é uma ilha artificial construída no século XII a pretexto do desvio dum curso de água para alimentar um moinho. Durante o século XVIII, tornou-se no principal centro industrial da cidade, que se tornou na “capital do aço” inglesa. Hoje em dia é uma zona em desenvolvimento com bastante comércio e habitação para a classe média/alta, bem enquadrada no rio Don.
O museu de Kelham Island tem uma bela exposição sobre a história de Sheffield e o papel da indústria do aço durante a revolução industrial e as duas guerras mundiais. Entre outras coisas, tem o maior motor a vapor completamente operacional na Europa que é posto a funcionar todos os dias em que o museu está aberto às 12:00 e às 14:00. O acesso é gratuito, embora os visitantes sejam incentivados a contribuir com donativos. Considerámos que o tempo lá passado valeu a pena.
Depois de visitar o museu decidimos almoçar num restaurante lá perto que já conhecíamos mas que, infelizmente, mudou de gerência. Agora chama-se Chop Shop Bar & Gril; a comida estava boa (nota 4), embora fosse um pouco mais caro do que o antecessor.
O tempo estava incerto, havendo previsão de chuva, pelo que voltámos para casa onde passámos a tarde a descansar em família.
dia 4 (10/9), Sheffield - Londres
Começámos o dia com o pequeno almoço inglês feito pela Sara, para nos prepararmos para a viagem até Londres.
A viagem foi feita de camioneta (National Express) até à Victoria Coach Station, em Londres, tendo demorado quase 4 horas (chegámos a Londres pouco antes das 15h). Durante a viagem comemos umas sandes compradas em Sheffield.
Chegámos ao hotel pelas 16h. Depois de nos instalarmos, o Francisco e o Tomás foram dar um passeio pelas redondezas enquanto a Helena ficou a descansar.
Começámos por ir em direção ao rio Tamisa, tendo atravessado a Putney Bridge para lá e para cá. De seguida, caminhámos no Bishops Park, onde estivemos algum tempo num parque infantil que fez as delícias do Tomás.
No meio do parque fica o Fulham Palace, antiga residência dos bispos de Londres. Atualmente é um museu com exposições sobre a sua história com exposição de suporte arqueológico desde a pré história. À hora a que passámos por lá, o palácio já tinha fechado, acontecendo o mesmo com a saída do parque do lado da Putney Bride, o que nos levou a passar sobre o portão depois de esperarmos pacientemente que uma família numerosa o fizesse antes de nós.
Antes de voltar para o hotel, passámos pelo exterior da igreja de todos os santos de Fulham, cujos terrenos circundantes são usados como cemitério frequentado por muitos esquilos.
Decidimos jantar no hotel (4 em 5) que tinha um meal deal com jantar e pequeno almoço, em que beneficiámos do preço do menú infantil para o Tomás que, além disso, não pagou o pequeno almoço.
dia 5 (11/9), Londres
Saímos do hotel pelas 9:30 com o objetivo de cumprir um dos pedidos do Tomás: ver o palácio de Buckingham. Assim, planeámos a manhã para assistirmos ao render da guarda.
Chegados ao St James’s Park pelo Birdcage Walk, percebemos que as forças de segurança encaminhavam as pessoas para a Mall (do outro lado do parque), o que gerava um congestionamento de largos minutos para atravessar a ponte, uma vez que a alternativa seria contornar o comprido lago.
Parados na ponte, à espera que a multidão caminhasse, conseguimos a melhor vista do dia do palácio de Buckingham, uma vez que, dos locais mais perto a que conseguimos chegar, mal conseguíamos ver o palácio.
Chegados à Mall, ainda vimos passar os guardas a cavalo que se dirigiam do palácio de St James para serem rendidos no palácio da Buckingham; devido ao período de luto que se vivia, não eram acompanhados de banda. Seguimos então para o Green Park, em direção contrária à multidão que se aproximava do palácio de Buckingham. Aparentemente, o povo tirou a manhã de domingo para de deslocar àquele local e depositar flores ao longo do parque. Deveriam ser umas dezenas de milhar, impressionante!
No outro lado do Green Park, na Picadilly, iniciámos uma caminhada por diversos pontos turísticos da cidade, cujo destino era o Big Ben (mais um ponto na lista do Tomás): Picadilly Circus, Leicester Square, Covent Garden, obelisco de Cleópatra, Trafalgar Square e, finalmente, palácio de Westminster.
Demorámos mais tempo do que o estimado neste passeio, muito por culpa das várias fotos tiradas em Leicester Square junto das várias estátuas de bronze espalhadas pela praça: Rowan Atkinson, Paddington, Fred Astaire, Mary Poppins … No meio da praça, outra estátua que, curiosamente, chama menos a atenção do que as outras.
Quando chegámos perto do Big Ben, estávamos esfomeados e procurámos onde comer. Para nossa surpresa, há um vazio de restaurantes na zona circundante de Parliament Square. As opções eram: voltar para Trafalgar Square, seguir até Victoria ou atravessar o rio. Optámos por esta, pelo que atravessámos a ponte de Westminster e almoçámos no Neds Noodle Bar, muito fraquinho (nota 2) mas cumprimos a função e seguimos para plano da tarde, o Museu de História Natural (também pedido pelo Tomás).
Sendo impossível ver o museu todo numa só visita, concentrámos a nossa (já pouca) energia nas zonas dos dinossauros (Tomás oblige), da evolução humana e dos vulcões e terramotos.
Voltámos para o hotel a tempo de descansar um bocado antes do jantar.
dia 6 (12/9), Londres
Manhã ocupada com um item da lista do Tomás: o museu de cera Madame Tussauds. Foram umas horas bem passadas, com a atividade extra do filme 4D dos heróis da Marvel que mereceu o entusiasmo quase unânime de nós os 3. No entanto, fica a sensação de o museu estar com qualidade inferior à de visitas anteriores. Demasiado espaço ocupado com grandes produções de Hollywood, e a falta incompreensível de algumas figuras (como entender a ausência de Lewis Hamilton?), por um valor de £97 de entrada para uma família de 3 (10% de desconto para a criança) mais £15 para o filme 4D de 8 minutos, aproximadamente 130€ no total, claramente excessivo.
Quando saímos, caminhámos pela Baker Street, Oxford Street e Regent Street, em direção ao Soho. Aí, almoçámos no Leon (nota 3), cadeia com comida “ecológica” com oferta interessante mas com bebidas muito más, a merecerem melhor atenção.
Depois do almoço atravessámos o Soho em direção à Old Compton Street, onde vimos as expectativas frustradas por já não ter nada a ver com a mistura esotérica dos anos 90 de sex shops, pubs gay, casas de tatuagens e casas de chá com senhoras de aspeto respeitável. Hoje em dia, esta rua tem um aspeto normal, e tem uma loja chamada Café de Nata onde fomos atendidos em português enquanto experimentávamos pastéis de nata de maracujá e de framboesa … a milhas do tradicional, na nossa modesta opinião (aparentemente, ambos têm muita aceitação naquelas zonas).
Seguimos por Chinatown até Leicester Square, onde deixámos uma assunto por resolver na véspera: visitar a loja da LEGO que, no dia anterior, tinha uma bela fila à entrada meia hora antes da abertura.
Passámos umas horas na loja da LEGO, a admirar as várias construções expostas (algumas enormes e bem detalhadas), a fazer umas construções com o Tomás e a construir uns bonecos personalizados que acabámos por comprar. Esta operação foi bastante trabalhosa, uma vez que os componentes estavam todos misturados (tronco, pernas, cabeça, cabelo/chapéu e acessórios) e as combinações muito variadas. Trouxemos um pirata, um investigador e um “tipo fixe”.
Seguimos em direção ao palácio de Buckingham (mais um assunto que tinha ficado mal resolvido na véspera), em cujos arredores já se via montes de jornalistas a filmar, a entrevistar ou a ensaiar as suas reportagens. No final da Mall, apanhámos uma fila que seguimos pacientemente, aos “ss”, até passarmos em frente ao palácio. Aí, conseguimos limpar o último ponto da lista do Tomás: ver um Beefeater.
Os Beefeaters são os guardas dos palácios reais, originalmente os da Tower of London, que eram autorizados a comer a carne de vaca (“beef”, em inglês) que quisessem da mesa do rei. Numa altura em a carne de vaca era escassa, tal privilégio valeu-lhes a alcunha pela qual ainda são conhecidos hoje. Alguns deles usam chapéus altos, feitos com pele de urso; era esses que o Tomás queria ver. Infelizmente, eles estavam longe dos lugares por onde podíamos circular, pelo que só os conseguimos observar ao longe.
Os agentes de autoridade não deixavam colocar mais objetos nem flores perto do palácio, indicando que isso deveria ser feito no Green Park, na zona preparada para o flower tribute. Voltámos, então, ao Green Park onde, apesar de haver muita gente, grande parte da multidão da véspera tinha sido substituída por flores, dedicatórias, etc. organizados em espaços reservados para esse fim, rodeados de espaço de circulação. Tudo muito organizado, aquela zona do parque ficou com muita cor e muita vida … e ainda faltavam 6 dias para o funeral!
Voltámos para o hotel com uma mancha no currículo, uma vez que houve um item da lista do Tomás que não cumprimos: visitar a estação de Paddington. Tínhamos pensado passar por lá depois da visita ao museu da Madame Tussauds mas ficava a quase 2km na direção oposta daquela em que queríamos seguir … para compensar, o simpático ursinho está omnipresente em Londres, incluindo nos muitos objetos deixados em tributo à rainha.
dia 7 (13/9), Londres
Nesta manhã, tínhamos pensado ir a Camden Town mas, como estava a chover, decidimos ir ao museu dos canais (London Canal Museum), esperando que depois pudéssemos caminhar até Camden já sem chuva.
O London Canal Museum é pequeno, funcionando num antigo armazém de gelo, que mostra a história dos canais em Inglaterra, bem como da indústria que se desenvolveu à sua volta. Fica situado à beira do Regent’s Canal, um dos mais importantes na zona de Londres.
Os canais são cursos de água artificiais que, normalmente, interligam rios, formando com estes uma rede de vias de circulação para o transporte de mercadorias: carvão das minas para as fábricas, produtos acabados e matéria prima para as cidades e excremento de cavalo da cidade para os campos são exemplos das principais cargas transportadas nos rios e canais no final do século XVIII e início do século XIX. Nesta altura, houve grande desenvolvimento dos canais como alternativa ao caminho de ferro, que estava pouco disseminado, e ao transporte com tração animal, muito limitado no produto distância.carga, apesar da grande concentração de cavalos nas cidades.
Quando saímos do museu já não chovia, pelo que seguimos até Camden ao longo do Regent’s Canal.
Esta zona aparenta ter sido requalificada recentemente, respeitando a herança industrial. Por exemplo, há um bairro em Kings Cross cujos prédios foram construídos no interior da estrutura dos reservatórios de gás, servindo uma destas estruturas como envolvente dum jardim.
O passeio ao longo do canal foi muito agradável, tanto pela envolvente, como pelo próprio canal, com várias eclusas e muitos barcos que servem de habitação.
Chegados a Camden, comemos no Pret a Manger (nota 4) da Camden High Street, que dispõe de saladas e pratos vegetarianos bons e em conta. Foi uma pena não termos descoberto isto mais cedo.
Camden está muito diferente das memórias dos anos 90. Continua a haver edifícios com decorações exóticas, sobretudo na High Street, mas o comércio praticamente saiu da rua para se concentrar numa zona criada para o efeito: o mercado de Camden Lock. Este mercado está situado no espaço antigamente ocupado pelos estábulos … outra vez os cavalos de que já tínhamos ouvido falar no museu, tão necessários para suporte às atividades no canal: puxar os barcos em algumas zonas e transportar a carga de e para os barcos.
Chegada a hora de voltar ao hotel, fizemos esse percurso com uma chuva miudinha; voltámos mais cedo do que nos dias anteriores porque, antes de jantar, era necessário preparar a bagagem para nos deslocarmos para a etapa final desta viagem.
dia 8 (14/9), Londres - Hatfield
Dia de cerimónia da licenciatura do Pedro, na catedral de St Albans, agendada para as 10:15, o que implicou uma logística complexa e um plano que funcionou como um relógio suíço … com alguma sorte.
Saída do hotel às 7:45, metro para Blackfriars, onde apanhámos o comboio para St Albans (deslocação aproveitada para a base da maquilhagem da Helena), onde chegámos às 9:00. Depois, deslocação até ao local onde íamos deixar a bagagem (reservado na véspera em stasher.com pela módica quantia de £20), vestir o traje de gala, terminar a maquilhagem e chegar em cima da hora à catedral, onde o Pedro e Sara já estavam. Ufa!
A Universidade de Hertfordshire funciona em vários polos, centrados em Hatfield, mas a cerimónia da graduation acontece tradicionalmente na catedral da “terra do lado”, St Albans. Estas cerimónias, acontecem durante mais de uma semana de forma a incluir todos os alunos formados em cada ano, em “pequenas doses” de algumas centenas de cada vez (3 cerimónias por dia).
A catedral de St Albans começou a ser construída 1077, uma dezena de anos depois da vitória na batalha de Hastings de William o Conquistador, na colina onde os restos mortais de Santo Albano foram depositados.
Depois da cerimónia, fomos almoçar no restaurante Cosa Nostra (já nosso conhecido), que mereceu nota 4. A relação qualidade-preço é imbatível, o risotto estava muito bom e a pizza também era boa.
A Sara voltou para Sheffield e nós fomos para Hatfield onde pernoitámos, também na Premier Inn, significativamente mais barata do que a unidade de St Albans nestes dias de Graduation.
dia 9 (15/9), Hatfield - Lisboa
Regresso demorado a Lisboa, apesar de termos apanhado o avião em Luton (relativamente perto, a uns 20km de Hatfield), uma vez que o voo previsto para as 18:15 saiu às 23:45. Segundo a companhia aérea, o nosso avião sofreu um atraso em Liubliana; coincidentemente, houve mais de uma dezena de voos da mesma companhia que saiam de Luton num período das 17 às 21h e que também sofreram atrasos semelhantes ...
E o Tomás começava as aulas na manhã seguinte; férias até ao último instante!